quarta-feira, 2 de abril de 2008

Alma de papel

Atirou na nudez dos dois e se matou,
Antes bebera o destilado mais barato.
Corpo com corpo e um gozo detestável!
Sua alma feita de papéis colados uns nos outros,
Preenchidos ao longo da vida por tinta negra.
Imagens em preto e branco
Escritas a maltratar suas lembranças.

Travesseiros e lençol sujos de suor,
Liquido imundo que escorreu no branco
De um papel ainda nao manchado.
Despedaçou palavras e despertou o ódio.

Travesseiros e lençol sujos de suor, gozo e sangue.
Folhas brancas para uma nova história.

José hoje nao existe
Nem se quer nasceu,
Era pra ser filho do homem que morreu.



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